Escrevo porque sim...
Actualmente escrevo porque me purifica a alma.
Sempre gostei de rabiscar, mas nunca fiz desses rabiscos algo sério.
Não tenho por hábito partilhar estas coisas, que são tão minhas.
Eu escrevo porque me seduz. Gosto de sentir o poder das letras, falta-me ainda alguma ginástica mental para articular todas as ideias que me invadem a mente e tornar mais bela esta escrita.
Como todo o bom rapaz que se preze, deixo muitas vezes as coisas inacabadas, começo sempre com muito garra, muita energia, mas acabo por deixar a poeira assentar, e entrego as letras ao desgaste.
Agora com este blog, tento ser diferente, tento pelo menos uma vez, manter-me no trilho certo.
Se vou no bom caminho, talvez, só o tempo dirá...
Fogo
Fogo que ardes na alma dos apaixonados,
Fogo que incendeias mil e uma paixões,
Fogo que dás calor no inverno e que cozinhas a nossa comida,
Fogo que queimas florestas,
Fogo que dás uma carga de trabalhos aos bombeiros,
Fogo que és luz, combustão, pedaços de loucura,
Fogo que és chama que ardes dentro de nós,
Fogo que és a brasa que desperta uma melodia singular,
Fogo que és tudo e por vezes nada pareces ser.
O Sorriso
Aquele sorriso, iluminava todo o recinto da festa.
Talvez nem fosses a mais bonita, talvez nem fosses a mais perfeita, mas naquele momento, em que as luzes incidiam sobre ti, eras a que estava em destaque.
Vestias de maneira sóbria, como uma pequena senhora, irradiavas felicidade, será que naquele instante a luz que se via, era o grito de alegria de tua alma num raro episódio de incrivel beleza.
Por fim a tua mãe pegou-te ao colo, como quem dá aconhego à sua menininha, colocou-te ternurosamente em seus ombros e foi embora, a hora avançada dizia meigamente, tens que ir nanar.
Não tinhas mais que uns dois anitos, mas já tinhas tido o teu momento de glória, para o ano há mais festa, pensei eu, e para o ano, se eu for, quem sabe não te veja lá, mais crescidita, muito mais senhora e com o dobro do brilho.